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Entenda medicina Regenerativa - II

Foto do escritor: Dr. Carlos RavaDr. Carlos Rava

Medicina regenerativa é uma nova especialidade da medicina que objetiva substituir ou regenerar células, tecidos ou órgãos humanos para restaurar as suas funções normais. Na última década, houve um aumento enorme do interesse nas terapias regenerativas para tratamento de afecções do sistema musculoesquelético. Nos Estados Unidos criou-se a expressão “orthobiologics” para se referir a estas terapias biológicas voltadas ao tratamento do sistema musculoesquelético.

A medicina regenerativa também inclui a possibilidade de confecção de tecidos e órgãos em laboratório com uso de impressoras biológicas para seu posterior implante em um organismo incapaz de curar a si próprio. Esse desenvolvimento tem o potencial de solucionar a escassez de órgãos disponíveis para a doação; assim como a rejeição de órgãos, pois as células utilizadas na confecção do novo órgão seriam do próprio paciente em tratamento. O cultivo de células para utilização nos pacientes ainda não é permitido, pois as células podem sofrer alterações durante o processo de expansão.

Embora no Brasil a medicina regenerativa voltada para ortopedia só possa ser praticada a nível experimental, em outros países da América do Norte e Europa a prática já é liberada para uso em clínicas desde que atendendo a determinadas exigências. Nestes países os métodos utilizados como tratamento na ortopedia são: os derivados da medula óssea, o plasma rico em plaquetas e os derivados do tecido adiposo (gordura). Cada um destes métodos aplica-se melhor a determinado tipo de tratamento e não existe um método que sozinho atenda a todos os tipos de doença. Cabe ao médico optar pelo método que julgar melhor. Por ser uma especialidade relativamente nova a “orthobiologics” ainda não dispõe de protocolos fixos ou guidelines para orientação das diversas afecções, o que gera muita confusão entre médicos e pesquisadores.

As principais exigências para a prática de “orthobiologics” nos Estados Unidos são:

1. Uso autólogo - o médico não pode colher material de um paciente e aplicar em outro.

2. Todo o procedimento deve ser realizado em um único ato cirúrgico no mesmo ambiente – não é permitido que o material sai das instalações onde foi colhido.

3. Não devem ser adicionadas substâncias que alterem as propriedades das células utilizadas no tratamento.

As terapias ortobiológicas estão sendo utilizadas para o reparo e/ou controle dos sintomas em afecções dos ossos, articulações, tendões, músculos e nervos. Espera-se que as terapias regenerativas sejam capazes de frear ou retardar a evolução das doenças degenerativas atualmente irreparáveis. Muitos estudos clínicos (com seres humanos) estão em busca de respostas e avaliando resultados das terapias regenerativas na ortopedia.



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